Ele estava diante do computador tentando escrever uma história de amor encomendada pela editora. O problema é que não ficava com uma única mulher naquele ano. Relacionamentos, mais de dois e histórias que valeriam ser contadas, uns quatro.
Acostumara viver a vida sem romances. As vezes se pronunciava, para uma garota aqui, outra ali, mas no geral conseguiu um jeito de viver a vida sem ser amado. Não ser amado por algumas mulheres não fazia muita diferença, já que era amado por seus amigos e sua família e seu gato.
Mas aí estava o problema. Como escrever sobre algo que no momento não despertara minimamente seu interesse. Por outro lado, precisava daquele contrato, seu editor não aceitaria uma recusa de um iniciante.
Foi até a cozinha, preparou um café, beliscou umas bolachas, voltou ao computador de tela branca.
Tinha uma noção vaga do ser feminino. Escrever sobre elas era algo difícil de improvisar. Eram como crianças carentes sempre atenciosas aos seus bichinhos, nós no caso, mas que quando esses bichinhos deixavam de ser bichinhos, se tornavam dominadoras de feras, quando não nos estraçalhavam.
Era difícil escrever algo realmente bonito com essa noção de mulher em sua cabeça. Foi então que teve uma ideia. Escreveria sobre elas, como se elas fossem homens.
Seis meses depois estava em todas as livrarias como Best seller: ‘’Afrodisíaca Paixão- do autor que mais entende sobre mulheres’’.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
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