Os olhos brancos brilhavam ao se deparar com uma sensação nova, sentia um novo fluxo de sangue percorrer seu lóbulo esquerdo como tentáculos nunca usados, se transformando num novo por prazeres incomuns do tipo que não se deve afirmar sentir, e voltou a si pasmo, por ter tido tais pensamentos pervertidos, sabendo dos futuros problemas que lhe podia acarretar tais pensamentos novos e prazerosos. Então levantou, tomou seus remédios e foi pra rua ver assassinos em roupas cotidianas, ladrões que pagassem sua cerveja, amigos pedófilos e todo tipo de pessoas normais da onde a perversão fazia parte da natureza humana. Seus amigos eram esquizofrênicos, bipolares, adictos. Ele queria ser normal, até perceber que ninguém era normal de perto. Repensava sua vida e estava diante de um mundo novo de loucos, associáveis, delinquentes, criminosos... ao mesmo tempo que isso deu nova cor as pessoas à sua volta não sabia como conseguiria sobreviver a tal selva de vida fora de tudo ao que tinha sido educado como certo, errado e suas convenções. Pensou em enlouquecer, parar de tomar seus remédios, mas não sobreviveria. Sua filha não viveria sem ele.
E daí, como uma tarde em que plumagens balançavam no fim do dia, como repouso e consolação de que a vida não tinha só um fim em si mesmo, mas um consolo de continuar como o passeio naquele parque, com os olhos na plumagem das árvores sob o cair da tarde, sabia que iria continuar a tudo fazer sentido e a loucura dos transeuntes seria extinta em cada passo sentido à razão, como o vento a espalhar o movimento nas folhas depois de um dia de pensamentos tão atribulados.
domingo, 30 de setembro de 2012
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